quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Isso Que Escrevi Para Você, Mas Que Na Verdade Gostaria de Dizer Pessoalmente

Não que me cause espanto, longe disso! O que posso dizer é algo que estampo em minha face desde o momento em que percebi estar - de fato - vivendo junto a ti. Amor claro e forte. Desequilibrado, mas na medida certa. Amor gratuito, amor inclusive aos defeitos, às intempéries, aos desencontros. Questão de surpresa, muito mais surpresa, que propriamente espanto. Questão de sentir o peito bater e não ter como controlar (a gente nunca controla, mas, enfim, você entendeu o que eu quis dizer).

Nem de longe eu poderia imaginar que estaria escrevendo isso aqui agora. Nem de longe eu poderia imaginar estar usando essa samba canção ridícula que estou usando agora. Mas estou. E sinceramente, que bom que estou escrevendo para você, com essa samba canção, nesse exato segundo. Nesse cantinho qualquer de mundo, sob a pouca luz que me é característica. Sim. Me sinto feliz fazendo algo que tanto gosto, por alguém que tanto gosto. É isso, é bom e não demanda muita explicação.

Um texto que começa com um "não" tende a ser uma catástrofe. É que eu pensei ter esquecido como falar de amor. Pensei ter encostado num canto qualquer do quarto, essa palavrinha tão útil, esse sentimento tão grande, mas não, não mesmo. O amor está mais vivo do que nunca, está mais afim do que nunca e mais afiado do que nunca. Meu coração tá babando, e eu, me esforçando para não escorregar. Amor é bom, mas amor contundido é uma lástima e eu não quero perder um segundo da nossa vida amarrado à uma porção de gesso.

Escrevo porque não posso dizer tudo o que quero ao pé do teu ouvido. O que de certa forma é bom, porque tem hora e lugar para tudo o que pode ser dito. Ao pé do ouvido, prometo dizer coisas impossíveis de se publicar aqui. Sobram as que não são impublicáveis. E eu espero que sejam suficientes, para você - ao menos - compreender o tamanho do carinho e da saudade que carrego aqui dentro.

Agradeço pelo tempo despendido nessa leitura. Pelos dias bons. Pelos dias não muito bons. E como forma de gratidão antecipada, pelos dias que virão. Detalhes tão pequenos de nós dois... numa página de blog. Viva o amor e a modernidade, meu bem. Que a manhã de amanhã te receba com essa tentativa de texto bonito e inesperado. Aguardo fortemente o teu retorno e finalizo com um clichê dos desaproximados: volta logo!